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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Kepler 452b, a Terra do futuro?


A NASA acaba de anunciar o que deve ser o exoplaneta mais parecido com a Terra já descoberto.


O exoplaneta se chama Kepler 452b e faz parte do novo catálogo com 500 novos "candidatos". Dentre eles, 12 têm raio menor que o dobro do raio da Terra e estão na zona de habitabilidade de suas estrelas, 9 deles em órbita ao redor de estrelas do mesmo tipo do Sol. Como já disse, todos os candidatos vão precisar de confirmação posterior e os melhores telescópios da Terra vão tentar fazer isso nos próximos anos.
O caso de Kepler 452b parece ser o mais interessante da lista, então a equipe do Kepler já usou telescópios no Arizona e no Havaí para confirmar que se trata mesmo de um planeta. Os dados obtidos dão maiores detalhes sobre o exoplaneta, por exemplo, seu diâmetro é 60% maior do que o da Terra, o que o faz dele uma ‘super Terra’.
 O exoplaneta leva 385 dias terrestres para completar uma órbita, ou seja, o ano por lá dura 5% a mais que o nosso. Lá onde? A estrela que hospeda esse exoplaneta se chama Kepler 452 e é uma estrela do tipo espectral G, o mesmo tipo do Sol que está a 1.400 anos luz de distância, na constelação do Cisne. Mas a estrela é um tanto mais evoluída, tem um bilhão de anos a mais que o nosso Sol e conforme uma estrela evolui, sua luminosidade aumenta, ou seja, emite mais radiação. Apesar de ter a mesma temperatura do Sol, seu diâmetro é 10% maior e seu brilho 20% maior. Isso tudo combinado faz com que a temperatura esperada na região onde o planeta está seja maior também. Claro, temos que considerar que ele seja realmente rochoso e possua atmosfera, o que não temos como saber por enquanto.
 Por que a dúvida sobre a composição do planeta? Ele não é mesmo rochoso? As estatísticas dos exoplanetas confirmados mostram que a pelo menos metade dos exoplanetas que são maiores que a Terra, nessa proporção de 60%, são na verdade gasosos. Mas dadas todas as evidências combinadas, é bem provável que ele seja mesmo rochoso.
De qualquer maneira, trata-se do primeiro candidato sério a planeta rochoso na zona habitável de uma estrela parecida com o Sol. Na verdade, o cenário mais se parece com o que a Terra vai vivenciar daqui um bilhão de anos, com a evolução do Sol, que também vai inflar e brilhar mais. Douglas Caldewell, astrônomo do Instituto SETI envolvido com a descoberta chama Kepler 452b de ‘prima mais velha da Terra’. Com tanta similaridade, o mesmo SETI já apontou suas antenas para a estrela, tentando captar alguma transmissão suspeita, mas nada foi detectado até agora. Outros rádio telescópios devem aderir a essa campanha em breve.
Ainda não foi dessa vez que apareceu uma gêmea da Terra, mas a descoberta de uma prima mais velha, no local adequado mostra que estamos caminhando bem. Em breve, a foto da família vai melhorar e o próximo passo vai ser procurar por indícios de vida.