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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Língua grega antiga



A língua grega antiga ou clássica assim como muitas outras línguas extintas e "vivas" da Europa e da Ásia Ocidental, falada na Grécia durante a Antiguidade e que evoluiu para o grego moderno, faz parte da grande "família" das línguas indo-europeias. Ao lado do sânscrito, a língua grega é uma das mais antigas da família.
O idioma grego tem um lugar importante na história da Europa, do mundo ocidental e do cristianismo; o Cânone da literatura grega antiga inclui obras de importância monumental, que influenciaram de maneira decisiva o cânone da literatura ocidental posterior; entre as obras de destaque estão poemas épicos como a Ilíada e a Odisseia. O grego também foi a língua na qual diversos dos textos fundamentais da filosofia ocidental, como os diálogos platônicos e as obras de Aristóteles, foram escritos; o Novo Testamento da Bíblia cristã foi escrito no grego koiné. Juntamente com os textos latinos e as tradições do mundo romano, o estudo dos textos gregos e das sociedades da Antiguidade foram a disciplina da História e Arqueologia Clássica.
O grego foi uma língua franca amplamente falada no mundo ao redor do Mediterrâneo, e até mesmo em outras partes, durante a Antiguidade Clássica, e viria a se tornar o idioma oficial do Império Bizantino. Em sua forma atual, é a língua oficial da Grécia, do Chipre, e uma das 23 línguas oficiais da União Europeia. É falado por pelo menos 13 milhões de pessoas atualmente, na Grécia, Chipre e nas comunidades de expatriados em diversos países ao redor do mundo.
As raízes gregas freqüentemente são usadas para formar novas palavras em outros idiomas, especialmente nos ramos da ciência e medicina; o grego e o latim são as fontes predominantes do vocabulário científico internacional. Mais de cinqüenta mil palavras do inglês, por exemplo, têm origem no grego.
Grego Moderno
O grego moderno, língua oficial da Grécia, difere em muitas formas do grego antigo e é falado por cerca de 13,1 milhões de pessoas. Na Grécia, é falado por quase toda a população. Também é juntamente com o turco, a língua oficial de Chipre, embora o uso oficial do turco tenha sido limitado pela República de Chipre desde a invasão turca de 1974. Devido à adesão da Grécia e de Chipre à União Europeia, o grego é, atualmente, uma de suas 23 línguas oficiais. Além disso, o grego é oficialmente reconhecido como uma língua minoritária em partes da Itália e Albânia, bem como na Armênia e Ucrânia sem falar na diáspora grega em países europeus e americanos, bem como na Austrália. Essa diáspora é formada não apenas por descendentes de gregos da Grécia, como também de indivíduos nascidos das ondas de emigração que quase extinguiram as antigas comunidades gregas de lugares como Egito, Turquia, Bulgária etc.
A língua grega moderna - isto é, o falar inicialmente restrito a um certo estrato das populações da Grécia meridional, acrescido de componentes eruditos e elementos estrangeiros (principalmente franceses e ingleses) - só se tornou a língua oficial do país em 1976. Até esta data, a língua oficial era a chamada "catarévussa", o grego clássico, uma variante livresca decalcada do grego bizantino. O debate em torno da reforma linguística, que começou ainda em meados do século XIX, teve a cidade de Atenas por epicentro e o poeta Kostís Palamás como figura principal. 

Dialetos
Os dialetos mais importantes eram os seguintes:
·         Grego-Macedônio – dialeto usado por heleno-macedônios na Macedónia
·         Grego-Chiprio – dialeto usado por greco-cipriotas em Chipre
·         Grego-Cretico – dialeto usado por greco-critas na Creta
·         Grego-Trácico – dialeto usado por greco-tráciotas na Trácia
Sistema de Escrita
O alfabeto utilizado para escrever a língua grega teve o seu desenvolvimento por volta do século IX a.C., utilizando-se até aos nossos dias, tanto no grego moderno como também na Matemática, Astronomia, etc.
Anteriormente, o alfabeto grego foi escrito mediante um silabário, utilizado em Creta e zonas da Grécia continental como Micenas ou Pilos entre os séculos XVI a.C. e XII a.C. e conhecido como linear B. O Grego que reproduz parece uma versão primitiva dos diletos arcado-cipriota e jónico-ático, dos quais provavelmente é antepassado, e é conhecido habitualmente como grego micênico.

Crê-se que o alfabeto grego deriva duma variante do semítico, introduzido na Grécia por mercadores fenícios. Dado que o alfabeto semítico não necessita de notar as vogais, ao contrário da língua grega e outras da família indo-europeia, como o latim e em conseqüência o português, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego para representar as vogais. Este fato pode considerar-se fundamental e tornou possível a transcrição fonética satisfatória das línguas Européias.

As letras Digamma, San e Qoppa desapareceram do alfabeto nos seus primeiros tempos, antes do denominado período clássico. Dado que a aparição das letras minúsculas é bastante posterior, não existem minúsculas das ditas letras.
Originariamente existiram variantes do alfabeto grego, sendo as mais importantes a ocidental (Calcídica) e a oriental (Jónica). A variante ocidental originou o alfabeto etrusco e daí o alfabeto romano. Atenas adaptou no ano 403 a.C. a variante oriental, dando lugar a que pouco depois desaparecessem as demais formas existentes do alfabeto. Já nesta época o grego escrevia-se da esquerda para a direita, enquanto que a princípio a maneira de escrevê-lo era alternadamente da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, de maneira que se começava pelo lado em que se tinha concluído a linha anterior, invertendo todos os caracteres em dito processo.
O fator inovador introduzido com o alfabeto grego são as vogais. As primeiras vogais foram Alfa, Épsilon, Iota, Ómicron e Upsilon. Se se contempla o processo de criação do alfabeto grego como resultado de um processo dinâmico baseado na adopção de vários alfabetos semíticos através do tempo, encontrando inclusive influências do linear-B, poder-se-ia dar uma explicação mais satisfatória da sua origem do que as teorias que postulam uma adaptação única de um alfabeto determinado num momento dado.