Catacumbas de Roma
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Uma procissão nas catacumbas de São Calisto. |
As catacumbas
de Roma são antigas catacumbas ( um conjunto subterrâneo de
corredores e abrigos utilizados para sepultamentos ”
são antigos cemitérios clandestinos judeus e cristãos” ) debaixo de Roma,Itália,
dos quais pelo menos quarenta ainda existem, alguns deles descobertos apenas
nas últimas décadas. Eles eram geralmente esculpidos na tufa fora
das antigas muralhas da cidade
Embora sejam famosos por sua
história em relação ao cristianismo primitivo, romanos de todas
as religiões, juntos ou separados, estão enterrados nelas, com sepultamentos
iniciando no século II e resultado principalmente do excesso
populacional da cidade e da falta de terras para cemitérios,
Roma há mais de 40 catacumbas que se estendem por cerca de 150 km e em vários
níveis.
As catacumbas cristãs são extremamente importantes
para a história da arte paleocristã, pois elas abrigam a grande
maioria dos exemplares anteriores a 400, em afrescos e esculturas, além de medalhões em vidro dourado (que, como a maioria dos corpos, foram
removidos). As catacumbas judaicas são igualmente importantes para o
estudo da arte judaica do período.
Relíquias de santos de catacumbas,algumas de origens duvidosas , estão espalhadas por igrejas do mundo inteiro.
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Visitantes numa catacumba romana numa gravurada década de 1860 na Le Magasin Pittoresque. |
História
Nos séculos I e II
Os núcleos das mais antigas
catacumbas romanas datam do final do século II. Anteriormente, os cristãos
foram enterrados juntos com os gentios; quando a comunidade se tornou mais
numerosa, era necessário criar cemitérios coletivos. Para resolver o problema
de espaço e, graças à facilidade de escavação eles foram construídos com túneis
subterrâneos em diversos andares. Na primeira, as catacumbas foram utilizadas
exclusivamente para fins funerários e para o culto dos mártires enterrado lá. As
opiniões comuns que eles foram usados como esconderijos pelos cristãos
perseguidos são provavelmente infundadas. Depois de todas as perseguições
caracterizadas apenas determinadas épocas do Império Romano, na época de Nero
(entre 64 e 67), Domiciano (apenas 96), Décio (249-251), Valeriano (253-260) e
Diocleciano (303 -305).
Nos séculos III e IV
No terceiro século, apenas em Roma, havia 25 cemitérios, alguns dos quais
estavam na posse da Igreja (como as catacumbas de São Calisto, Na primeira
metade do século III, por outro lado, Roma foi dividida em sete regiões
eclesiásticas, cada um deles foram atribuídos a vários lugares de culto ou para
o enterro das catacumbas cristãs. Em 313, o cristianismo se tornou uma religião
legítima e, pelo menos no início, houve muitos que queria ser enterrado perto
dos mártires.
A partir do século V até o IX
Desde o século V começaram a
abandonar o uso do enterro nas catacumbas, que ainda continuavam a ser visitado
por peregrinos para fins de devoção.
Entre os séculos VIII e IX, teve ataques
de bárbaros, os santuários foram abandonados gradualmente e as relíquias
sagradas foram transferidas para igrejas.
Desde a Idade Média ao século XVI
Transferiu as relíquias no
interior da cidade, as catacumbas foram completamente abandonadas; acessos
foram prejudicadas pela vegetação e os deslizamentos de terra, santuários e cemitérios
caiu no esquecimento.
Durante a Idade Média perdeu
todos os vestígios de seu paradeiro e foi uma grande confusão sobre os nomes.
As únicas catacumbas para ser lembradas foram as de San Sebastian, San Lorenzo (ou
Ciriaca) e San Pancrazio.
Idade Moderna
Na era moderna foi acidentalmente
redescobertas no século XVI, e começou a ser explorado antes com Antonio Bosio
(1575-1629, com seu livro póstumo de Metro Roma em 1634) e, sobretudo, com a
pesquisa de Giovanni Battista de Rossi (1822-1894). Nos anos cinqüenta do
século XX foram encontrados em muitas catacumbas de Roma.
Lista de Catacumbas de Roma
Catacumba de Marcelino e Pedro
Estas catacumbas, localizadas na
antiga Via Labicana (moderna Via Casilina),
fica perto da igreja Santi Marcellino
e Pietro ad Duas Lauros. O nome é uma referência a dois
mártires cristãos,Marcelino e Pedro, que,
segundo a tradição foram enterrados no local, perto do corpo de São Tibúrcio.
Catacumba de São Calisto
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/08/Catacombe.jpg/300px-Catacombe.jpg)
Situada na Via Ápia, estas catacumbas foram construídas depois de 150 e
abriga alguns hipogeus cristãos e uma área funerária sob os
cuidados da Igreja Católica. Seu nome
é uma referência ao diácono Calisto, nomeado pelo papa Zeferino para administrar o cemitério. Quando
ele tornou-se papa,
Calisto ampliou o complexo, que logo se tornou o cemitério oficial da Igreja de
Roma. As arcadas, onde mais de cinquenta mártires e dezesseis pontífices foram enterrados formam parte de um
complexo funerário que ocupa mais de quinze hectares e mais de vinte
quilômetros de passagens.
Catacumbas de Domitila
Perto da Catacumba de São
Calisto estão as impressionantes Catacumbas
de Domitila[3] , batizadas em homenagem a Santa Domitila, se
estendem por mais de quinze quilômetros de passagens subterrâneas.
Elas únicas por serem as mas mais
antigas de Roma e algumas ainda abrigam ossos. Elas são também uma das maiores
e mais bem preservadas de todas as catacumbas cristãs, abrigando, entre outras
muitas obras importantes, um afresco da "Última Ceia" do século II. Além
disso, está ali a única basílica subterrânea em uma catacumba romana. A entrada
para o complexo se dá através dela, construída no século IV, na via delle Sette Chiese, 280. Ela foi abandonada depois de
se tornar insegura no século IX e foi redescoberta em 1593; uma grande reconstrução foi realizada em
1870.
No início de 2009, a pedido do Vaticano, os Missionários do Verbo
Divino, uma sociedade de padres e irmãos católicos, assumiu a responsabilidade de administrar
o local[4] .
Catacumbas de Comodila
Estas catacumbas, na Via Ostiense, abrigam uma das mais antigas imagens conhecidas
de Cristo barbado. Elas originalmente abrigavam as relíquias dos santos Félix e Adauto.
Catacumbas de Generosa
Localizada na Via Campana,
acredita-se que estas catacumbas foram o local de repouso, talvez
temporariamente, de Simplício, Faustino e Beatriz, mártires que morreram em Roma durante aperseguição de
Diocleciano (302-3)
Catacumbas de Pretestato
Também na Via Ápia, estas catacumbas
foram construídas no final do século II. Elas são compostas de uma
vasta área subterrânea, primeiro pagã e depois cristã, que abriga vários
túmulos de mártires cristãos. Nas
partes mais antigas do complexo está o "Cubículo da Coroação", com uma representação rara para a época de Cristo
recebendo a coroa de espinhos, e uma pintura do século IV de "Susana e os anciãos", alegoricamente representados como uma ovelha entre
lobos.
Catacumba de Priscila
Esta catacumba, localizada na Via Salaria, em frente à Villa Ada, deriva seu nome provavelmente do proprietário das
terras onde foi construída. Atualmente está sob os cuidados da freirasbeneditinas de Priscilla.
Catacumba de São Lourenço
Construída numa colina ao de de San Lorenzo fuori le
Mura, acredita-se que estas catacumbas abrigaram o túmulo de São Lourenço de Roma. A
basílica foi construída pelo papa Sisto III e depois remodelada em seu formato
atual. Sisto também decorou o santuário da catacumba e foi enterrado lá
Catacumbas de São Pancrácio
Construída debaixo da Basílica de São
Pancrácio, construída originalmente pelo papa Símaco sobre o local onde estava enterrado o jovem mártir São Pancrácio. No século XVII, foi entregue aos carmelitas descalços, que
remodelaram completamente a basílica. Nas catacumbas estão fragmentos de
esculturas e inscrições pagãs e paleocristãs.
Catacumbas de São Sebastião
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9hIMtzGi-wYQRwWIDHy36388K2GT4Sn6zEzXkAe2iIM26S1LO4jLmsuu83xgC4N200LsVKYlsDMGwK-xpLGq_vWWExFZ28SOXBT6HvRkR1CQ9KsiKODfKWDvld4Z2bEtqJ8csQge5hMjP/s1600/Catacumbas18.jpg)
Um dos menores cemitérios cristãos,
esta sempre foi uma das mais acessíveis catacumbas e, por isso, é uma das menos
preservadas (dos quatro andares originais, o primeiro desapareceu quase
completamente). A entrada para as catacumbas está na Basílica de São
Sebastião Extramuros e, através dela, é possível visitar a
cripta (restaurada) de São Sebastião, com o novo
altar localizado no mesmo lugar onde ficava o antigo (do qual apenas vestígios
da base restaram) e um busto do santo atribuído a Bernini.
Nos andares mais profundos está uma
construção, na parte posterior da basílica, que durante muito se acreditou ser
o local do sepultamento de São Pedro e São Paulo, mas que era, na verdade, como se demonstrou através
de escavações, o túmulo do marte Quirino,
bispo de Sescia, na Panônia, cujos restos foram levados para lá no século V. À direita está uma capela dopapa Honório III, adaptada
como vestíbulo para o mausoléu, com interessantes pinturas do século XIII de Pedro e Paulo, da crucificação,
santos, o "Massacre dos Inocentes",
a "Madona com o Menino"
e outros temas. À esquerda está um mausoléu com um altar dentro de uma abside: na parede da esquerda está um grafito onde se lê "domus Petri", uma pista de que se acreditava na época que São Pedro estava de fato
enterrado no local.
Catacumbas de São Valentim
Estas catacumbas foram dedicadas a São Valentim. No século XIII, as relíquias do mártir foram transladadas para a basílica Santa Prassede, em Roma.
Catacumbas de Santa Inês
Foi construída à volta do túmulo da
muito venerada Santa Inês de Roma, cujos
restos hoje estão conservados em Sant'Agnese fuori le
mura, uma basílica construída diretamente sobre as catacumbas. Seu crânio
está numa capela lateral de Sant'Agnese in Agone, na Piazza Navona, também em Roma.
Catacumbas da via Anapo
Na Via Salaria, estas catacumbas são provavelmente do final do século III ou início do século IV e abrigam diversos afrescos de temas bíblicos.
Catacumba de Calepódio
Esta catacumba é notável por abrigar
as tumbas do papa Calisto I (que, ironicamente, é o criador da Catacumba de Calisto, que
contém os túmulos de uma dúzia de outros papas)
e do papa Júlio I (r. 337–352). O túmulo de Calisto foi
descoberto em 1960, mas as relíquias já haviam sido transportadas para Santa Maria in
Trastevere, em 790, pelo papa Adriano I por causa da iminente invasão lombarda. Na mesma ocasião, foram levadas
também as relíquias de Júlio I:p. 35.
Catacumbas judaicas
Há seis catacumbas judaicas
conhecidas em Roma, duas das quais estão abertas para o público: em Vigna Randanini e em Villa Torlonia.
A de Villa Torlonia foi descoberta em 1918 e as escavações continuaram no local por pelo
menos mais doze anos. A estrutura tem duas entradas, uma na Via Siracusa e a
outra dentro da villa. Elas cobrem mais
de 13 000 m2 e são do século IIou III, sendo utilizadas pelo menos até o século V. Há quase um século de epitáfios no local, mas pouco decorados. No
local estão importantes afrescos de clássicos símbolos religiosos
judeus.
Outras
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Grutas do Vaticano
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Catacumba de Giordani
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Catacumba de São Nicomede
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Catacumba de Trasone